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Opinião DetranRS: Rumo a um governo 100% digital

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Fábio Santos, diretor técnico do DetranRS
Fábio Santos, diretor técnico do DetranRS - Foto: Divulgação DetranRS

Por Fábio Pinheiro dos Santos, diretor técnico do DetranRS e pesquisador em gestão da informação

Nessa semana, o RS deu mais um passo rumo a um governo 100% digital. Dos oito projetos lançados pelo Governo do Estado no portal RS Digital, três foram do DetranRS. Além do documento do veículo no celular (CRLV digital), os gaúchos poderão fazer pela Internet a apresentação de condutor infrator e imprimir guia para retirada de carro de depósito. Para os proprietários de veículos também foi lançado o registro online de alerta de furto e roubo.

São avanços importantes e esperamos grande adesão dos gaúchos. Quando foi lançada a CNH digital, em dezembro do ano passado, o RS foi um dos Estados que mais solicitou o documento. Isso mostra uma grande demanda por esse tipo de serviço, que estamos priorizando nessa gestão.

O Rio Grande do Sul foi o primeiro Estado a aderir ao Rede.gov.br, pacto da Estratégia Brasileira para Transformação Digital (E-Digital), e temos trabalhado fortemente nesse sentido. A transformação digital é um conceito muitas vezes incompreendido. Não se trata de replicar no digital o mesmo serviço que hoje se faz no analógico. Não adianta só empregar tecnologia. É preciso transformar completamente o processo para uma realidade nova, ou seja, rever processos, melhorar fluxos, modificar rotinas, eliminar etapas desnecessárias, desburocratizar.

A ideia é de um governo “figital”, que continue ofertando os serviços físicos, cada vez com mais qualidade, mas traga também a facilidade do digital. Queremos que nada do que possa ser feito pela Internet exija o deslocamento e a presença física do condutor ou proprietário de veículo. Ou nada que possa ser feito online exija formulários ou cópias de documentos em papel.

A transformação digital em curso exige dos gestores duas posturas disruptivas: a primeira é se identificar como prestadora de serviço, enxergando o cidadão como um cliente. Isso muda a forma da administração pública se reconhecer. E a segunda é sempre consultar o usuário que vai utilizar o serviço, não só o prestador do serviço. Temos que entender as reais necessidades das pessoas para poder atendê-las. Protagonismo é palavra de ordem no modelo do século XXI.

Artigo originalmente publicado no jornal Correio do Povo, no dia 14/11/2019.

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