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Eles podem ser descuidados, nós não

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Diza Gonzaga
Diza Gonzaga, diretora institucional - Foto: Divulgação DetranRS

Por Diza Gonzaga, diretora institucional do DetranRS

Na próxima semana, as cidades vão gradualmente voltando ao seu movimento normal. Famílias retomam suas rotinas e a criançada se prepara para o primeiro dia letivo. Com a volta às aulas, o trânsito também fica mais complicado e as pessoas mais impacientes. Levar os filhos na escola nem sempre é uma tarefa fácil.

Nesse momento, vale lembrar que a gurizada está animada com as novidades de uma nova classe, novos colegas, talvez um novo colégio. Eles são naturalmente empolgados e, muitas vezes, podem ser descuidados. Por isso, é tarefa dos adultos cuidar deles. Perto de escolas, sempre velocidade baixa e atenção redobrada.

Para que ninguém esqueça disso, estamos preparando junto com a prefeitura (de Porto Alegre) algumas intervenções urbanas que vão mudar a cara do entorno das escolas. Se as borboletas lembravam locais onde alguém havia perdido a vida no trânsito, a arte que faremos nas ruas em que circulam estudantes vai servir de alerta: eles podem ser descuidados. A gente não!

Além de alertar os motoristas, a sinalização lúdica servirá de guia também para as crianças, apontando a direção da via e claro, o local correto de atravessar a rua.

Sair mais cedo de casa, pensar no trajeto mais tranquilo e se organizar para estacionar e deixar os filhos na porta da escola sem parar em fila dupla. Essas pequenas coisas tornam a vida de todos mais fácil e podem ser traduzidas no conceito de empatia. Saber se colocar no lugar do outro é a habilidade mais importante que podemos ter. E essa habilidade faz toda a diferença para um mundo melhor.

O jingle da nossa campanha que fala na empatia diz: ir mais devagar para ir mais além. Essa frase inverte a lógica com a qual estamos acostumados, de que é preciso pisar fundo, de que é preciso correr para ir mais longe. Ao contrário do que está introjetado no nosso inconsciente, é um conceito sem dúvidas inovador. Porque no trânsito, a velocidade excessiva é o caminho mais curto: acidentes, ambulância, hospital, sequelas e até mesmo o fim... No trânsito e na vida, é preciso, sim, ter empatia e amar a vida. A sua e a de todos com quem vivenciamos este espaço público onde todos nos encontramos.

Vamos viver?

Artigo publicado no jornal Zero Hora e no portal GaúchaZH, em 15/02/20 .

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