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Segurança - Luzes sobre o xenon

Com a Resolução 384, proibindo conversões, apenas modelos de fábrica e já adaptados podem circularCom 70% a mais de luminosidade, os faróis xenon são uma importante inovação de segurança introduzida pela indústria automotiva. Mas esse equipamento está muitas vezes colocado na condição de vilão por ofuscar além da conta a visão dos outros motoristas ou ser um causador de acidentes em potencial.

Conforme a Portaria 384 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada no Diário Oficial da União na terça-feira desta semana, apenas os veículos saídos de fábrica com faróis de xenon e os adaptados até a data da nova portaria, com Certificado de Registro do Veículo (CRV) alterado com a conversão, poderão circular sem o risco de multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação. Pela nova lei, os modelos adaptados poderão ter trocadas as lâmpadas de xenon e outros partes do kit por novos indefinidamente, até o final da vida útil do carro.

Para o engenheiro mecânico Túlio Verdi Filho, coordenador do Núcleo de Projeto de Inspeção Veicular do Detran-RS, os modelos saídos de fábrica já com os faróis de xenon não causam nenhuma dificuldade para o condutor contrário na via nem para o reflexo nos retrovisores.

– É simples. Esses veículos já têm o bloco ótico (refletor do farol) certo para o xenon, regulador de altura e esguicho de lavagem da lente. Os carros reclamados pelo leitor estão no centro do problema. São os que não passaram por todos os processos de adaptação – comenta Verdi Filho.

O uso dos xenons não é exclusivo do universo dos automóveis. A utilização incorreta também chegou ao setor das motocicletas, com um freio técnico: só pode ser colocada lâmpada a gás em motos acima de 250cc. Abaixo dessa cilindrada, a bateria descarrega rapidamente com o farol de xenon. No entanto, as restrições da nova lei para as motos seguem a regulamentação do carros.

Segundo Verdi Filho, os faróis de xenon, inofensivos nos carros prontos de fábrica e nos adaptados oficialmente, não competem com as lâmpadas comuns em um ponto: o conforto para os olhos dos outros motoristas:

– A “luz amarela” sempre será mais confortável do que a branca. Mas é bom salientar: os xenons legais não trazem prejuízo à saúde dos olhos dos outros condutores nem provocam acidentes. O problema está nos ilegais.

Tecnologia a gás

- O farol xenon tem um reator elétrico e uma lâmpada com gás nobre chamado de xenônio, com alto índice de luminosidade.

- O reator produz uma descarga elétrica, que faz as moléculas ficarem na frequência exata para produzir uma forte luz.

- Dependendo da marca, o consumo é até 50% menor do que as lâmpadas halógenas.

- Os faróis de xenon foram criados na Alemanha. No entanto, como a mão de obra na China é mais barata, algumas fábricas enviam os componentes ao país asiático para que seja montado lá.

- Com isso, os kits fabricados na China são tão bons quanto os fabricados na Europa.

- Os faróis de xenônio precisam ter lavadores porque uma sujeira ou água acumulada pode alterar o facho da luz e afetar os olhos de um outro motorista de forma ofensiva.

- Ao contrário do farol comum – usa a luz alta e a baixa na mesma lâmpada –, o de xenon não pode executar o chamado sinal de luz de advertência.

- A luz alta utiliza uma lâmpada de xenon e a baixa, outra.

- Mesmo nos bixenons (alta e baixa na mesma lâmpada), o sinal de alerta fica prejudicado porque o gás precisa de um tempo para ser acionado.

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