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Com régua gigante, Detran 'ensina' motoristas a respeitar ciclistas no Moinhos de Vento

Respeitômetro

Ação para conscientização de motoristas faz parte das atividades da Semana Nacional do Trânsito

Com régua gigante, Detran "ensina" motoristas a respeitar ciclistas no Moinhos de Vento Ronaldo Bernardi/Agencia RBSFoto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS 

Você sabia que desrespeitar a distância lateral mínima de 1,5m de um ciclista é uma infração de trânsito? Flagrado, o  motorista é multado em R$ 130,16 e leva quatro pontos na carteira de habilitação.

Ainda assim, basta andar de bicicleta em Porto Alegre para concluir: está aí uma lei ignorada com frequência. O senso comum é confirmado pelo Detran/RS, que criou uma campanha para mostrar aos motoristas, sem margem para dúvidas, qual é a distância do respeito. 

O instrumento da campanha é o "respeitômetro": uma régua gigante de plástico que mede 1,5m e, quando é carregada por um ciclista, mostra exatamente a distância exigida dos motoristas pelo artigo 201 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB). 

Na 2ª Pedalada com o Respeitômetro – parte de uma ação da Semana Nacional do Trânsito –, ciclistas membros de entidades de cicloativismo instalaram respeitômetros em suas bicicletas e se deslocaram da esquina das avenidas Goethe com 24 de Outubro em direção à Mostardeiro, retornando por dentro do Parque Moinhos de Vento. O grupo, com cerca de 10 ciclistas, foi acompanhado por dois agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), também de bicicleta.

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Laís Silveira, chefe da divisão de Educação da Escola Pública de Trânsito do Detran/RS, afirma que a ação com o respeitômetro é não apenas uma forma de conscientizar os motoristas, mas criar uma cultura de respeito no trânsito:

– Essa régua materializa a distância de 1,5 metros que os condutores devem respeitar. Cada vez mais vemos pessoas que estão aderindo à bicicleta para se locomover pela cidade, então é também mais necessária uma convivência harmoniosa.

A diretora explica que a distância regulamentar leva em conta questões como o deslocamento do ciclista em vias não exclusivas, condições estruturais das vias, e o deslocamento de vento que pode ser gerado por carros – e desestabilizar ciclistas.

A ideia do "respeitômetro" surgiu no grupo de trabalho formado pelo Detran, Mobicidade, Associação de Ciclistas de Porto Alegre (ACPA) e Laboratório de Políticas Publicas e Sociais (Lappus). Desde 2015 o grupo realiza reuniões mensais para discutir ações de trânsito para ciclistas na Capital. Segundo Laís, desde a primeira ação com o "respeitômetro", em março deste ano, a ideia já foi exportada para o Detran de Brasília, que adotou a intervenção educativa

– Nosso objetivo é levar a ideia também para o interior do Rio Grande do Sul. Santa Maria deve receber uma ação com o respeitômetro entre outubro e novembro – comemora Laís sobre o avanço da ideia.

Carol Albuquerque, integrante do Lappus, afirma que a distância de 1,5 metros pode ser determinante para salvar uma vida:

– Não é gentileza, é lei. E uma ação desse tipo, promovida por um órgão importante como o Detran, é uma forma eficaz de conscientizar não somente os motoristas, mas também os "pedalantes" que muitas vezes também andam de maneira perigosa.

O direto-geral do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, acredita que o respeitômetro pode fazer com que as pessoas pensem mais na segurança do próximo no trânsito.

– Precisamos sinalizar para a população que o ciclista não é um intruso no trânsito, e que é muito importante guardar a distância de segurança – diz o diretor, que acredita na necessidade que o poder público deve ter de valorizar cada vez mais a bicicleta como um tipo de transporte, investindo em ciclovias e ciclofaixas.

André Gomide, membro do grupo Mobicidade, acredita no impacto visual que o "respeitômetro"causa:

– Isso aqui serve para mostrar que não somos invisíveis, nós também fazemos parte do trânsito, e os motoristas precisam aprender a dividir espaço. 

A psicóloga da Escola Pública de Trânsito do Detran/RS, Cinara Soares, acredita que ações como essa tem o potencial de melhorar a convivência no trânsito entre motoristas e ciclistas.

– Os motoristas estão começando a entender que os ciclistas precisam participar do trânsito, que o lugar das bicicletas também é na rua. Mas é uma cultura, não vai mudar de uma hora para outra – afirma.

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