Falta consciência do motorista, avalia diretor do Detran sobre acidentes com morte

Dois acidentes no trânsito que resultaram em morte no Rio Grande do Sul envolveram motoristas que estariam embriagados, como no caso do skatista e da ciclista que morreram no início da semana em Porto Alegre. Para o diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), Ildo Mário Szinvelski, falta consciência do condutor quando assume a direção sob efeito alcoólico e sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). 

"O que falta, na verdade, é a consciência daquele motorista, daquela pessoa que é desprovida de responsabilidade de entregar a carteira de habilitação, de fazer o curso de reciclagem e de cumprir os requisitos legais e regulamentares", disse Szinvelski em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta quarta-feira. Segundo Szinvelski, todo acidente que ocorre no trânsito parte de uma infração. "Nós precisamos coibir a questão originária e isto o Estado faz com a notificação e com da suspensão do CNH", informou. 

Para ele, é necessário uma reeducação no trânsito para poder compartilhar de um espaço público mais seguro. "Quando a pessoa é punida e reeducada, temos um trânsito organizado, mas por falta desta cultura, lamentavelmente, o trânsito é violento e desumano", constatou o diretor. 

Szinvelski acrescentou que o governo do Estado está fazendo sua parte com a fiscalização. "Nós vamos insistir em programas consistentes e de fiscalização de trânsito como a Balada Segura e a Viagem Segura. É também necessário uma transformação do infrator, o trabalho está sendo feito e produzido, a sociedade não pode tolerar este desrespeito do espaço público", concluiu.

Por Correio do Povo